No dia a dia, podemos notar que todas as tarefas inseridas na rotina precisam de outras pessoas além de nós mesmo. Por isso, partindo dessa premissa, o estudo ou trabalho em grupo tem a grande importância de mostrar para os pequenos o desenvolvimento social. Assim, é possível mostrar que somos independentes, porém, precisamos de outras pessoas para que o desempenho de determinadas atividades seja satisfatório.
Ao longo desse artigo, você descobrirá como pode estimular o estudo em grupo em sala de aula, por mais que pareça desafiador. Além disso, entenderá que você pode colocar as dicas em prática com os materiais que você já tem, basta tomar conhecimento de técnicas e atividades.
Boa leitura!
Como é caracterizado o estudo em grupos em sala de aula?
Mesmo com todas as mudanças e inovações na educação, trabalhar com competências e habilidades socioemocionais ainda é um grande desafio para os professores e gestores de instituições de ensino.
De acordo com o estudo realizado pelo National Research Council, por exemplo, o aprendizado no século 21 está diretamente relacionado à capacidade de aplicar o que se sabe em novas situações da vida. Essa habilidade, seja quando exercitada em circunstâncias da vida real ou dividindo conhecimento com outras pessoas, ajuda os estudantes a desenvolverem as competências desse nosso novo milênio:
- Sociabilidade,
- Liderança,
- Argumentação,
- Capacidade de resolver problemas,
- Pensamento crítico,
- Responsabilidade e iniciativa.
E para ajudar no desenvolvimento de todas essas habilidades, o trabalho em grupo cumpre com excelência essa função como uma potente ferramenta da educação.
Com ele você agrupa alunos, que trabalharão juntos para o desenvolvimento de atividades, trabalhos ou apenas estudos. O trabalho em grupo é um conteúdo prático e, como tal, precisa ser aprendido além da teoria, por meio da experiência do próprio trabalho em grupo, sob a orientação do professor.
Como começar a estimular o estudo em grupo na sua sala de aula?
Apesar de ser uma estratégia muito importante, as atividades em grupo não atingem seus objetivos por si só. Por isso, é necessário que o professor se planeje para garantir a intencionalidade pedagógica.
Dessa forma, você começar a colocar esse estímulo em prática com o que você tem disponível hoje na sua sala de aula. Como por exemplo:
- Selecionar dias específicos da semana para o estudo em grupo;
- Organizar as cadeiras e carteiras escolares em grupo (de 3 alunos ou mais);
- Utilizar as cores dos móveis escolares como uma separação de grupos ou líderes, por exemplo;
- Definir trabalhos em equipe periódicos com prazo funções grupais definidas e um cronograma a ser seguido (cumprindo o objetivo de tirar os alunos da zona de conforto).
Dicas para estimular o estudo em grupo na prática
Na rotina de ensino, é possível implementar o estudo em grupo de maneira prática. Para isso, claro, será preciso uma dedicação extra por parte do professor. Sem contar com toda a adaptação da metodologia e conteúdo, mas no final vale a pena e tudo dá certo! #ficadica
Para te ajudar a colocar esse estímulo em prática com maior facilidade, separamos 3 dicas para você começar a implementar o estudo em grupo na sua sala de aula sem dificuldade. Confira!
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Para começar, proponha situações que envolvam o trabalho em grupo
Para começar a aplicar o estudo em grupo é preciso se planejar. Para isso, é importante começar a propor algumas atividades em grupo de forma gradual. Afinal, toda mudança exige adaptações.
Assim, proponha situações simples, como perguntar quem pode ajudar ou contribuir com um colega ou pedir para os próprios alunos resolverem uma situação em que há poucos brinquedos ou materiais para muitas crianças, por exemplo.
Pense nesse início como atividades em que os alunos possam aprender a dividir, a cooperar, a serem solidários e a respeitarem os outros.
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Inicie com atividades em grupo e depois avance para os grupos
Quando se trata de estudo em grupo, logo se pensa em quatro ou cinco carteiras escolares juntas em sala de aula. Mas, o que muitos professores não sabem, é que a melhor forma é começar de forma gradual.
Dessa forma, o recomendado por pedagogos é que os alunos sejam convidados a trabalhar primeiro em duplas, depois em trios e, posteriormente, progredirem para grupos maiores.
Esse início “desacelerado” é bom para que as crianças aprenderem a compartilhar ideias, a ouvir, a negociar e a lidar com a frustração. Afinal, a execução das atividades é totalmente individual para cada criança. Por isso, elas precisarão entender que, às vezes, a ideia que foi proposta pode não ser legal para todo o grupo.
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Faça um diagnóstico dos alunos antes do estímulo de estudo em grupo
A sala de aula é dividida pelas famosas “panelinhas”, isso é fato. E sempre haverá padrões comportamentais diferentes que devem ser analisados antes da implementação do estudo em grupo.
Por exemplo, colocar uma criança que sempre lidera com outra que aceita tudo pode dificultar a aprendizagem de ceder e negociar de ambas. Por isso, é importante identificar as crianças que sempre lideram, as que nunca querem participar, as que aceitam tudo e as que não aceitam proposta alguma para, depois, expô-las a grupos com diferentes perfis.
Outra dica, é evitar os grupos divididos por afinidade. Isso também mantém os alunos em uma zona de conforto. O que vai contra o objetivo das atividades em equipe, por exemplo.
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